segunda-feira, 3 de outubro de 2011

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE EDUCAÇÃO NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS DA INFÂNCIA E SUA EDUCAÇÃO EM DIFERENTES CONTEXTOS – NEPIEC CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INFANTIL EDNA MARCIA DE SOUZA RODRIGUES A BUSCA DE UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA MORRINHOS 2011 EDNA MARCIA DE SOUZA RODRIGUES A BUSCA DE UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA Texto apresentado ao curso de Especialização em Educação Infantil da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, Núcleo de Estudos e Pesquisas da Infância e sua Educação em Diferentes Contextos – NEPIEC, disciplina Currículo e Cultura na Educação Infantil II, sob orientação da professora Altina Abadia da Silva. MORRINHOS 2011 Delinear uma proposta pedagógica para a educação infantil significa por creches e pré-escolas diante de atraentes tarefas e sérios desafios, por que. É importante registrar inicialmente qual é o processo de municipalização da educação infantil do município de Goiatuba mesmo que bem abreviado. O atendimento a educação infantil, em especial nas creches, na rede municipal de ensino em Goiatuba foi por um determinado tempo, como na maioria dos municípios do Brasil, marcado pela idéia de assistência e de amparo as crianças de famílias de baixa renda. As unidades de atendimento as crianças de zero a seis anos eram administradas pela Secretaria de Assistência Social, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Secretaria da Saúde. Os profissionais não possuíam a formação especifica, e, na maioria das vezes, eram recreadoras ou pessoal com desvio de função, como servidores gerais que atuavam nessa etapa da educação básica. (...) a falta de quadros é um dos tipos de problemas. Como gerir educação sem equipe, sem conhecimento sistematizado? Por outro lado, se não existe proposta pedagógica escrita, como conhecer a proposta que existe nas praticas? Como agarrar o currículo que esta em curso? Às vezes a proposta esta escrita, mas não esta em vigor; em outras situações, o texto foi elaborado por uma equipe sem ou a despeito da participação dos profissionais. (KRAMER, p.69) A lei nº 5.692/71 – Lei de Diretrizes e Bases do Ensino, já trazia em seu bojo uma abertura significativa para as iniciativas efetivas no campo da municipalização do ensino. Somente a partir da Constituição de 1988, é que o movimento pela municipalização do Ensino, ganha força. Na emenda de 9394/96 essa lei entra em vigor. No ano de 2002 foi criado o conselho municipal de educação infantil no município de Goiatuba que passa a ser o órgão responsável para autorizar o funcionamento das salas de educação infantil das escolas publicas ou privadas deste município. (essas informações são relatos dos profissionais do pedagógico) A Resolução n° 1, de 7 de abril de 1999 (BRASIL, MEC/CNE/CEB, 1999), instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil, estabelecendo normas a serem seguidas em todo o território nacional. Definiu os princípios éticos, políticos e estéticos das propostas pedagógicas, a especificidade da relação entre cuidar e educar na organização da instituição, a formação dos profissionais que trabalham na educação infantil e as condições estruturais e físicas das instituições, as quais devem possibilitar o bom desenvolvimento da criança. A partir de 2005, por pressão da comunidade, iniciou-se uma política publica para a ampliação da oferta da educação infantil no município de Goiatuba. O qual buscou atender o que estabelece a legislação por meio de reformas nas estruturas físicas. A prefeitura reformou e ampliou as creches existentes e construiu mais uma creche para o atendimento das crianças de zero a cinco anos. Em relação à dimensão pedagógica, o avanço tem sido satisfatório, pois contabiliza 16 profissionais com formação específica, graduação em Pedagogia que atuam nos estabelecimentos (apenas uma das creches conta com apenas três). O que é uma proposta pedagógica? Utilizando-nos das palavras de Sonia Kramer que afirma ser “um convite, um desafio, uma aposta. Uma aposta, porque, sendo ou não parte de uma política pública, contém sempre um projeto político de sociedade e um conceito de cidadania, de educação e cultura. A proposta pedagógica é um caminho, não é um lugar. E é um caminho a ser construído, que tem uma história que precisa ser contada. Traz consigo seus valores, as dificuldades que enfrenta os problemas que precisam ser superados, seus desejos, as suas vontades. a esse respeito, Libâneo afirma: Uma importante característica do planejamento é o seu caráter processual. O ato de planejar não se reduz ao momento de da elaboração dos planos de trabalho, é uma atividade permanente de reflexão e ação. O planejamento é um processo continuo de conhecimento e análise da realidade escolar em suas condições concretas, de busca de alternativas para a solução de problemas e de tomada de decisões, possibilitando a revisão dos planos e projetos, a correção no rumo das ações. O caráter de processo indica, também, que um plano prévio é um roteiro para a prática, ele antecipa mentalmente a pratica, prevê os passos a seguir, mas não pode determinar rigidamente os resultados, pois estes vão se delineando no desenvolvimento do trabalho, implicando permanente ação, reflexão e deliberação dos educadores sobre a prática em curso. (LIBÂNEO, p.150) A proposta pedagógica é um processo e precisa sempre estar sendo revisto e reescrito. Delinear uma proposta pedagógica para a educação infantil requer muita cautela e dedicação visando sempre o gosto da criança, trabalhando com o imaginário, o lúdico desenvolvendo a criatividade. Cuidar da criança é uma ação complexa que envolve diferentes fazeres, gestos, precauções, atenção, olhares. O desenvolvimento da autonomia não se faz sem ações intencionais. A mediação do adulto durante a brincadeira é essencial para a autonomia e auto-organização da criança. Um ambiente bem organizado tem brinquedos em estantes baixas, em áreas separadas, com mobiliário adequado, em caixas etiquetadas para a criança saber onde guardar. Esse hábito se adquire durante a brincadeira, em local tranqüilo, com opções interessantes e o apoio constante e efetivo da professora. Em um ambiente onde predomina o choro, o medo e os adultos não atendem as necessidades e interesses das crianças, não há bem estar, condição essencial para a qualidade da educação. (KISHIMOTO, p.9) Kishimoto Refere-se a planejar situações que ofereçam à criança acolhimento, atenção, estímulo, desafio, de modo que ela satisfaça suas necessidades de diversos tipos e aprenda a fazê-lo de forma cada vez mais autônoma. Cuidar é e sempre será uma atividade confluente da ação educativa. Educar a criança é criar condições para ela apropriar-se de formas de agir e de significações presentes em seu meio social, formas estas que a levam a constituir-se como um sujeito histórico. Em razão disso vale à pena retornar a colaboração de Zilma de Oliveira: O trabalho pedagógico organizado em creche ou pré-escola, em que cuidar e educar são aspectos integrados, se faz pela criação de um ambiente em que a criança se sinta segura, satisfeita em suas necessidades, acolhida em sua maneira de ser, onde ela possa trabalhar de forma adequada suas emoções e lidar com seus medos, sua raiva, seus ciúmes, sua apatia ou hiperatividade, e possa construir hipóteses sobre o mundo e elaborar sua identidade. (OLIVEIRA, p.9) Ao fazê-lo, a criança desenvolve sua afetividade, motricidade, imaginação, raciocínio e linguagem, formando um conceito positivo em relação a si mesmo. É fundamental que a instituição norteie corretamente sua ação educativa, pois é no projeto pedagógico que são esboçados os objetivos gerais e específicos educacionais da instituição, assim como as metas a atingir, formas de acompanhamento e avaliação das crianças. Na proposta pedagógica e currículo em educação infantil temos as principais idéias expressas pelas especialistas e pioneiras na educação infantil. Para Kishimoto, currículo é o caminho, direção que orienta o percurso para atingir certas finalidades, a instituição deve garantir o respeito, às dificuldades socioculturais, epistemológica e políticas, relações com a sociedade, devendo incluir tudo que se pretende oferecer para a criança aprender, explicitando concepções de educação, avaliação, o que ensinar e como é a criança. Delinear tal proposta ate não é difícil, o difícil e fazer cumprir, pois nem sempre terá pessoas preparadas para colocá-las em prática. Percebe se uma resistência por parte dos monitores concursados para recreadores em acatar uma proposta que vem pronta do pedagógico, por se sentirem assegurados pelo concurso prestado e acham que nada poderá acontecer referente a esses concursados. Sem querer apresentar certa utopia. Deixando claro, que a Educação Infantil ainda hoje se apresenta como um desafio, devido a graves problemas sociais, econômicos, políticos, culturais e históricos. Com uma educação pública de modo geral de baixa qualidade, com um quadro de educadores mal remunerados, mães e pais geralmente oprimidos e pouco participativos na dinâmica das instituições, reconhecendo neste ambiente de ensino um favor da sociedade e não um dever e um direito do cidadão. Bibliografia KRAMER, Sonia. Propostas pedagógicas ou curriculares de educação infantil: para retomar o debate. In: Proposições. Revista quadrimestral da Faculdade de Educação: Unicamp, vol. 13 n.2 (38), p.65-82, maio/ago. 2002. KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Brinquedos e brincadeiras na Educação Infantil In: Anais do I Seminário Nacional Currículo em movimento: perspectivas atuais. Belo Horizonte, novembro de 2010. [p. 1-20]. LIBÂNEO, José Carlos. O planejamento escolar e o projeto político pedagógico curricular. In: LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola – teoria e pratica. Goiânia: MF Livros, 2008. [p.147-202] OLIVEIRA, Zilma de Morais Ramos. O currículo na Educação Infantil: o que propõe as novas diretrizes nacionais? In: Anais do I Seminário Nacional Currículo em movimento: perspectivas atuais. Belo Horizonte, novembro de 2010. [p. 1-14].

terça-feira, 27 de setembro de 2011

PRE-PROJETO ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INFANTIL

Froebel E O Primeiro Jardim De Infância

Autor: SANDRA VAZ DE LIMA

FROEBEL E O PRIMEIRO JARDIM DE INFÂNCIA

No final da década da Revolução Francesa, surgiu o Romantismo; como tendência militante e consciente, na Grã-Bretanha, França e Alemanha. As idéias sobre a infância, difundidas pelo movimento romântico, alicerçam os trabalhos de muitos educadores, inclusive de Froebel.

Em junho de 1840, Froebel fundou o Primeiro Jardim de Infância (Kindergarten), constituindo um centro de jogos, organizado segundo seus princípios e destinado a crianças menores de 6 anos. Seria um ambiente onde as crianças e adolescentes (pequenas sementes que, adubadas e expostas a condições favoráveis em seu meio ambiente, desabrochariam sua divindade interior em um clima de amor, simpatia e encorajamento), estariam livres para aprender sobre si mesmos e sobre o mundo.

O Jardim de Infância da Escola Froebeliana caracteriza-se por, atividades como: canto, jogos, pinturas, palestras, jardinagem, modelagem, olhar gravuras e ouvir histórias. Froebel criou um material pedagógico muito rico: os “dons” e as “ocupações”, constituído por sólidos geométricos, gravuras coloridas, trabalhos manuais que consistiam em exercícios sensório-motores (pintura, desenho, recorte, colagem, tecelagem, bordados, etc), utilizando alguns princípios fundamentais para o processo de ensino da criança: auto-realização/ auto atividade (a compreensão das coisas da vida, na prática, é mais frutífera e formativa que a simples compreensão teórica); finalidade (realização plena das potencialidades do eu interior, por meio do empenho em se trabalhar um ser livre, independente e disciplinado); o ambiente (propiciar o desenvolvimento máximo das crianças e sua integração social, a natureza deve fazer parte do espaço, estimulando os interesses infantis e proporcionam a vontade de realização de novos trabalhos); atividades (desenho e atividades que envolvem o movimento e os ritmos, bem como valorização de histórias, mitos, lendas, contos de fadas e fábulas).

Além disso, outro princípio fundamental é o jogo, que são imitações da vida e de seus fenômenos, ou são emprego do ensinado, da escola, ou são livres imagens e manifestações do espírito, de toda a espécie e em matéria de toda a classe, segundo as leis contidas nos objetos e matérias do jogo, investigando aquelas, seguindo-as e submetendo-se às mesmas, segundo as contidas no homem mesmo, em seu pensamento e sentimento.

A avaliação para Froebel deveria ser feita analisando dois aspectos: como a criança realiza suas atividades enquanto pessoa dentro de um contexto social e como a criança usa os materiais para efetivar as atividades. Quanto à relação professor-aluno, compara o aluno com uma planta e o professor como mãe – jardineiro. É necessário acompanhar o desenvolvimento da criança, se fazer presente, cuidar e proporcionar as melhores condições de crescimento; através de afeto, amizade e uma relação construtiva, humana e justa.

Sobre os materiais pedagógicos idealizou recursos sistematizados para as crianças se expressarem: blocos de construção que eram utilizados pelas crianças em suas atividades criadoras, papel, papelão, argila e serragem. Também destaca os dons que eram bola, cubo e cilindro, os blocos eram utilizados em uma medida bem restrita, enquanto as demais atividades eram mais livres. Todos os jogos que envolvem os dons sempre começavam com as pessoas formando círculos, dançando, movendo-se e cantando.

Importante destacar que antes de iniciar o trabalho com os dons era feita uma preparação do corpo das crianças. Os exercícios propostos eram acompanhados de música cantada e logo após a professora questionava cada aluno explorando as características do dom em questão.

No trabalho pedagógico desenvolvido nos Jardins de Infância, apesar dos dons representarem a atividade central, havia atividades manuais que complementavam estas ocupações, como atividades que envolviam as continhas, entrelaçamento, dobradura, modelagem, tecido, picado, desenho, mosaico, tecelagem, botões, costura, alinhavo. O objetivo destas atividades era levar a criança a adquirir destreza e desenvolver forças e aptidões.

Segundo Kuhlmann Jr (1998) as atividades gerais da rotina eram:

1. entrada: saudação, revisão, canto;

2.conversação ou linguagem;

3.atividade física: marcha, marcha cantada ou ginástica;

4.repouso;

5.atividade dirigida: os dons;

6.refeição: na classe;

7.recreio ou recreio no jardim;

8.trabalhos manuais: entrelaçamento, dobradura, modelagem, mosaico, tecelagem, ervilhas, discos, alinhavo e picado;

9.atividades dirigidas: cores, formação de palavras, cálculo com cubos;

10.música: cantos de entrada, canto geral, música;

11.brinquedo e jogos organizados;

12.desenhos;

13.pensamentos, méritos e cantos de despedida;

14.saída.

Assim como a linguagem, Fröebel valorizava a música. Muitas das atividades eram desenvolvidas com música, pois acreditava que através da música era possível despertar sentimentos que as palavras, muitas vezes, não conseguem expressar. Sugere uma série de canções para esses momentos e publica em 1844 a obra ‘Canções para a mãe que acalenta o filho’. Esse livro dedicado às mães, com várias canções para ajudá-las a estimular sensorialmente a criança, além de brincar com ela no primeiro mês de vida.

Em toda sua metodologia, Fröebel deixa claro que é por meio da arte – canto, poesia, desenho, pintura, escultura – que o homem, desde a mais tenra idade tenta expressar-se. Sendo assim, ele faz parte de todas as culturas, devendo ser cultivada, pois a criança ao chegar à maturidade, mesmo não sendo um artista, poderá ser um contemplador da arte e do belo.

Toda essa contribuição fez de Fröebel o primeiro pedagogo da educação infantil, o primeiro a romper com a educação verbal e tradicionalista de sua época. Ele propôs uma educação voltada à sensibilidade, baseada na utilização dos jogos e materiais didáticos, que deveriam traduzir por si a crença em uma educação que atendesse a natureza infantil.

Diante deste contexto, no próximo item tratar-se-á a sobre a Educação Infantil no Brasil, mostrando como o trabalho desenvolvido por Fröebel chega ao Brasil por meio do trabalho desenvolvido por Emilia Ericksen, colaborando para o surgimento de uma nova e importante etapa, pois a criança pode desenvolver seu pensamento abstrato brincando com esses objetos e, assim, a construção do abstrato vai sendo elaborada gradativamente por meio do jogo.

/educacao-infantil-artigos/froebel-e-o-primeiro-jardim-de-infancia-942992.html

Perfil do Autor

Nascida no município de Telêmaco Borba -Paraná. Graduada em Letras/ Inglês. Especialista em Educação Especial e Psicopedagogia Clinica/institucional. Atua na área de Educação Especial e Educação Infantil.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

ENSAIO HISTORIA DA INFANCIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS DA INFÂNCIA E SUA EDUCAÇÃO EM CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INFANTIL


EDNA MARCIA DE SOUZA RODRIGUES


ENSAIO DA DISCIPLINA
HISTÓRIA DA INFÂNCIA E DA EDUCAÇÃO INFANTIL

INTRODUÇÃO
O objetivo deste ensaio é refletir sobre a história da educação infantil, que, através de pesquisa realizada utilizando como fonte a apostila do curso de Especialização em Educação Infantil, a realidade das creches do município de Goiatuba a LDB e alguns teóricos.

“ As escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdos e técnicas educativas. Elas têm contribuído em demasia para a construção de neuróticos por não entenderem de amor, de sonhos, de fantasias, de símbolos e de dores”.
Claudio Saltini

Tendo origem com as mudanças sociais e econômicas causadas pela revolução industrial, onde as mulheres deixavam seus lares, para entrarem no mercado de trabalho.
O reconhecimento de que a criança é um ser em formação e não simplesmente um futuro adulto, modificou profundamente as práticas com a infância, que passou a ser vista como um período de formação fundamental na vida do ser humano.
Antes a educação infantil tinha o caráter de assistência à saúde, preservação/da vida, não se relacionando com o fator educacional, hoje a educação infantil é vista com mais compromisso.
Ligado a este fato deu-se início a educação infantil no Brasil.


BREVE RELATO DA HISTORIA DA INFANCIA

Infância, período da vida que permaneceu oculto até o século XII. As crianças eram apresentadas e representadas como adultos em miniatura, sendo vestidas e expostas aos mesmos costumes dos adultos. Não tinham um tratamento diferenciado, nem um mundo próprio, não existia neste período, o chamado sentimento de infância.

É preciso considerar a infância como uma condição da criança. O conjunto de experiências vividas por elas em diferentes lugares históricos, geográficos e sociais é muito mais do que uma representação feita por adultos sobre esta fase da vida. É preciso conhecer as representações da infância e considerar as crianças concretas, localizá-las nas relações sociais, etc., reconhecê-las como produtoras de história (1998, p. 31).


Após o período dos primeiros cuidados, a criança era vestida como homens e mulheres de sua condição social. Não havia a particularização de trajes, como ocorre em nossos dias, para o período designado pela infância, sendo a criança vestida como um homem em tamanho reduzido. O traje de adultos e crianças se confunde. Inexistia razão ou sentido para a particularização do traje destinado às crianças, até por que, o conceito de criança se baseava em um critério de dependência econômica e não em um critério biológico, baseado na idade. O tamanho era a única diferença entre os trajes de adultos e crianças.
A história da Educação Infantil no Brasil, de certa forma, acompanha os parâmetros mundiais, com suas características próprias, acentuada por forte assistencialismo e improviso.
As crianças da área urbana eram colocadas nas “rodas expostas” para serem recolhidas pelas instituições religiosas, muitas dessas crianças eram de mães que pertenciam às famílias tradicionais.
No século XVII, a criança, de boa família, quer fosse nobre ou burguesa, não era mais vestida como os adultos. As grandes transformações sociais ocorridas no século XVII contribuíram decisivamente para a construção de um sentimento de infância.
Outro aspecto importante é a afetividade, que ganhou mais importância no seio na família. No século XVIII, além da educação a família passou a se interessar pelas questões relacionadas à higiene e à saúde da criança, o que levou a uma considerável diminuição dos índices de mortalidade.
No início do século XIX, para tentar resolver o problema da infância, surgem iniciativas isoladas, como a criação de creches, asilos e internatos, que eram vistos como instituições destinadas a cuidar de crianças pobres. Estas instituições apenas encobriam o problema e não tinham a capacidade de buscar transformações mais profundas na realidade social dessas crianças. A concepção de infância dos dias atuais é bem diferente de alguns séculos atrás de um ser sem importância, quase imperceptível, a criança num processo secular ocupa um maior destaque na sociedade, e a humanidade lhe lança um novo olhar segundo Áries:

o sentimento de infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças, corresponde à consciência da particularidade infantil, essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem ( Áries, 1978 : 99).

A infância ou o sentimento de infância é um fenômeno histórico. Foi a partir da ação dos homens que se produziu este sentimento que nos é tão caro atualmente. Somente passa a existir com a criação de um mundo das crianças diverso do mundo dos adultos. Como disse a professora Zilma de Moraes no I Encontro – Educação Infantil “O homem pensou a educação infantil, a mulher consolidou...”. O sentimento de infância pode ser entendido em dois momentos distintos: primeiro, a partir da idéia em que a criança é vista como um ser lúdico, capaz de gracejos, engraçadinha; e, um segundo, em que a formação moral da criança deve ser garantida por meio da educação, da saúde e do bem estar físico. Há uma transição entre uma época em que a criança não ocupava a atenção das pessoas e, por isso, não era representada artisticamente; e outra, onde a criança seria reconhecida e valorizada pelo seu potencial lúdico, pela sua graça e pelo seu encantamento, revelando uma nova relação entre família e criança que seria refletida nas artes.
Nesta, a infância passa a ser considerada uma etapa peculiar da vida, exigindo a efetivação de cuidados específicos capazes de suportar as necessidades específicas dessa fase da vida.

BREVE HISTÓRICO DA CRECHE NO BRASIL

O contexto aceito tradicionalmente para o cuidado e desenvolvimento da criança tem sido o ambiente familiar, onde ela é atendida pela mãe/e ou parentes. O aumento da participação feminina no mercado de trabalho, porem, tem contribuído para que, cada vez mais mulheres, das diversas camadas sociais, busquem diferentes tipos de ajuda no cuidado e educação de seus filhos.
Frente à necessidade das mulheres saírem de casa para trabalhar e, conseqüentemente, terem seu tempo de dedicação para os cuidados da casa e dos filhos reduzido, torna-se interessante pensar a creche como um lugar propicio para o desenvolvimento da criança e uma opção para os cuidados dos filhos de mães trabalhadoras.
Certamente, o surgimento da creche está ligado ás transformações na sociedade, na organização da família, no papel social feminino e em suas respectivas repercussões, principalmente, no que se refere aos cuidados das crianças pequenas.
Ate 1920, as instituições tinham caráter filantrópico, só então na década de trinta o estado assumiu o papel de buscar incentivo de órgãos privados que viriam colaborar com a proteção da infância.
Na década de 70 temos a promulgação da Lei nº 5692, de 1971 dirigindo-a como ser conveniente a educação em escolas maternais e instituições.
Ate 2014, todas as instituições deverão estar adequadas ao sistema educacional, definindo o direito da criança a educação e ao cuidado.
No passado a taxa de mortalidade infantil era muito alta e quando as crianças vinham a morrer os pais não manifestavam nenhum sentimento de perda ou tristeza, aceitando normalmente o fato. Quanto ao sentimento de infância, Ariès (1981), destaca dois tipos: o de “paparicação”, que surgiu no ambiente familiar com crianças menores e o de “moralização”, que nasceu da necessidade de preservar e disciplinar as crianças. Este último originou-se com os “homens da lei” e religiosos e se estendeu as famílias. Esta moralização vai inspirar a educação do século XX.
Pode-se dizer que o século XX foi o século da criança se considerar o grande avanço nos conhecimentos sobre a infância em várias perspectivas.
No inicio do século XX, acompanhando a tendência mundial de desenvolvimento do capitalismo, da crescente urbanização e da necessidade de reprodução da força de trabalho, as creches aparecem como fruto dos movimentos operários e da preocupação médico-sanitarista com as condições de vida das populações mais pobres. De fato, no Brasil, as creches surgem para contribuir na educação de seres capazes, higiênicos, nutridos e sem doenças.
Em decorrência disso, as poucas creches criadas nesse momento situavam-se, sobretudo, nas vilas operarias e eram mantidas, principalmente, por entidades filantrópicas e, em menor numero, pelo Estado. O trabalho desenvolvido nas creches era, fundamentalmente, assistencial.
Segundo OLIVEIRA, MELLO, VITORIA & ROSSETTI-FERREIRA (1999), a preocupação era com a alimentação, higiene e segurança física das crianças. Um trabalho voltado para a educação e para o desenvolvimento da criança não era, nessa época, valorizado, não tinham preocupação com a educação.
A partir da década de 1960, com a maior organização do proletariado e a crescente participação das mulheres, pertencentes às camadas médias da população na força de trabalho, novos elementos são trazidos à questão do atendimento a crianças em creches, conforme ressalta OLIVEIRA(1988)

O crescimento do operariado, o começo de organização dos trabalhadores do campo para reivindicar melhores condições de trabalho, a incorporação crescente também de mulheres da classe media no mercado de trabalho e a redução dos espaços urbanos de brinquedos para as crianças, como quintais e as ruas, fruto da especulação imobiliária, do agravamento do transito e da preocupação com a segurança, contribuíram para que a questão da creche fosse novamente defendida como instituição necessária a alguns segmentos sociais. (p.48)

Entretanto, essas conquistas não aconteceram sem conflitos. A sociedade de modo geral, e as mulheres, em particular, construíram um ideal de mulher, cujo papel principal seria o de promover e garantir o bem estar das crianças e da família.
Para as mulheres da população de baixa renda que trabalham fora, a creche passou a ser essencial para a viabilização da dupla jornada de trabalho, ou seja, para a criação dos filhos e o ganho do sustento da família. Contudo, cabe ressaltar, que as creches publicas no país, dirigidas para atender às demandas das camadas mais pobres, de maneira geral, tem o seu funcionamento precário com escassez de recursos, falta de infra-estrutura, despreparo de seus funcionários, entre outras coisas, e um interesse social orientado para o assistencialismo.
As pessoas responsáveis pelo cuidado das crianças são, quase exclusivamente, mulheres com baixa qualificação profissional, dando a impressão de que o único requisito exigido, no caso, para cuidar das crianças, é ser mulher. Os cuidados com a promoção do bem estar e do desenvolvimento infantil não são aspectos priorizados nessas creches. As atividades desenvolvidas são criadas, não a partir das necessidades e interesses das crianças, mas em função da maior facilidade, disposição e conforto do adulto. A creche é basicamente um lugar onde a criança dorme, come e brinca, enquanto a sua mãe trabalha. Ou seja ela não é vista como um ambiente educativo valorizado, onde o acesso aos bens culturais deveria ser facilitado, oferecido e acessível a qualquer criança que dela fizesse parte (BUJES & HOFFMANN, 1989; PACHECO ET AL., 2002; ROSEMBERG, CAMPOS, & PINTO, 1985).
A idéia de que o meio familiar pode ser transportado para a creche é o que prevalece nas praticas desenvolvidas nas instituições voltadas para o atendimento de crianças pobres. Contudo na transposição de um esquema domestico para o âmbito coletivo, é necessário observar que, se as tarefas são as mesmas, o tempo e o volume de trabalho são muito maiores. Essa idéia tem favorecido e colaborado para o surgimento de um modelo mecânico, como o único capaz de dar conta do maior numero de tarefas possíveis de maneira rápida e eficiente por um número pequeno de pessoas. Isso porque, conforme ressalta ROSSETTI-FERREIRA, AMORIM, & VITORIA (1997):

Na medida em que o objetivo da creche se coloca como assistência e guarda de crianças pobres há uma tendência a se atender ao maior numero de famílias, de uma maneira emergencial, sem garantia de alguns critérios mínimos da qualidade desse atendimento. (p. 117)

Em decorrência da adoção desse modelo mecânico, a função das creches públicas tem sido prioritariamente, a de mediar á situação de miséria. Sua ação educativa e complementar á família foi relegada á segundo plano, e na maioria das vezes, abandonada. Acredita-se que a concepção de creche, quer pelos pais, quer por educadores e atendentes que dela participam. Sustenta as práticas ali realizadas, interferindo, por extensão, no desenho das próprias políticas publicas. Assim, visões distorcidas e limitadas do papel social da creche acabam por manter os princípios do empobrecimento e não os do desenvolvimento para o cuidado das crianças.

LEGISLAÇÃO

O art. 208, inciso IV da Constituição Federal Brasileira, garante o atendimento educacional das crianças de 0 a 6 anos e no art. 211 estabelece a oferta da educação, como umas das prioridades dos municípios, dispondo que estes devem atuar prioritariamente no Ensino Fundamental e na educação infantil.
Isto significa claramente que ao lado do ensino fundamental figura a educação infantil em grau de igualdade como prioridade de atuação na esfera municipal.
A Lei 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, define a instituição que atende crianças de 0 a 3 anos de creche e de pré-escola, a que atende crianças de 4 a 6 anos.
Os programas a serem desenvolvidos em centros de educação infantil, ao respeitarem o caráter lúdico, prazeroso das atividades e o amplo atendimento as necessidades de ações planejadas, ora espontâneas, ora dirigidas, ainda assim devem expressar uma intencionalidade e portanto uma responsabilidade correspondente, que deve ser avaliada supervisionada e apoiada pelas secretarias e conselhos de educação,especialmente os municipais. Isto sugere a necessidade de rever a proposta educativa que enfatiza a informação das varias áreas do conhecimento para a criança de 3 a 6 anos em creches e pré-escolas.

ATUAL REALIDADE DAS CRECHES DO MUNICÍPIO DE GOIATUBA

A rede de atendimento a criança de Goiatuba é composta por três creches, uma unidade do PETI e AME. Todas estas unidades estão sob a coordenação da Secretaria de Assistência Social que conta com o apoio das demais secretarias e órgãos da administração municipal para desenvolver as atividades que estão transformando estes menores em verdadeiros cidadãos.
Mas acima da estrutura física que hoje atende as centenas de crianças nos diversos programas de proteção social, mantidos pela Prefeitura Municipal, esta o compromisso com a qualidade dos serviços prestados a comunidade.
As creches contam com estruturas reformadas e ampliadas uma delas foi construída recentemente dentro dos padrões internacionais, com espaços adequados para abrigar e atender as crianças, conta com berçário, cozinha, refeitório, salas de aula para pré I e II, parque de diversão alem de ampla área arejada.
ALIMENTAÇÃO
As três creches são servidas com atendimento nutricional, pedagógico e principalmente de respeito e carinho pelas crianças, cujas famílias necessitam destes serviços. O cardápio servido as crianças em todas as unidades foi completamente reorganizado e passou a ser elaborado com a ajuda de nutricionista com qualificação em alimentação publica, oferecida em creches, escolas e hospitais.
Atualmente, o cardápio de cada unidade corresponde á realidade de vida dos atendidos. Ou seja, cada creche tem seu próprio cardápio, para assegurar este valor nutricional dos alimentos, o cardápio é elaborado com cereais, verduras, frutas e legumes, leite, carne, todos ricos em vitaminas e proteínas que vão contribuir com o desenvolvimento físico e intelectual. Esta atenção é criteriosa desde a mamadeira ate as refeições mais complexas.
Nas creches, as crianças recebem café da manhã, almoço, café da tarde e jantar.
HIGIENE
A higienização nestas unidades engloba não só a limpeza dos espaços físicos, mas a conservação dos utensílios (talheres, uniformes, lençóis, colchões), utilizados no dia-a-dia e a higiene pessoal de cada uma das crianças. Elas são cuidadosamente monitoradas, recebem banhos diários, cuidados com cabelos, unhas.
PEDAGOGICO
A criança atendida em qualquer uma das três creches em Goiatuba recebe tratamento padrão quanto a parte estrutural. No entanto, todos estes itens que estruturam o atendimento são particularmente adequados a realidade de vida de cada criança, assegurando um tratamento diferenciado.
Exemplo desta diferenciação no tratamento está na parte pedagógica, onde a criança é estimulada desde os primeiros anos de vida a usar a criatividade de acordo com sua origem, com instrumentos que aos poucos vão lhe apresentando novidades. Dessa forma, a criança desenvolve sua parte motora e psíquica sem trauma. Os materiais pedagógicos são cuidadosamente escolhidos pela coordenação da unidade em conjunto com a coordenadora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação com auxilio de psicólogos. E são compostos de jogos pedagógicos, livretos, livros e recreação, alem de monitores preparados com cursos que os capacitam para atuarem com o publico infantil.

CAPACITAÇÃO
Dentro desta filosofia, os cursos de capacitação dos servidores são uma Constancia. Eles são ministrados por profissionais especializados em recursos humanos, educação, nutrição, psicologia e assistência social.
Nestes cursos, o foco principal é a humanização do atendimento, sendo que a cada dia apresenta melhores resultados e satisfação das famílias atendidas pelos programas da rede de proteção social do município.
Os cursos de capacitação oferecidos aos servidores abrangem a todos, de serviços gerais a pedagoga, passando por monitoras e cozinheiras, interagindo toda equipe que passam a comungar do mesmo objetivo.

CONCLUSÃO

Através desse estudo histórico, pode-se constatar que o conceito de infância repercute fortemente no papel da Educação Infantil, pois direciona todo o atendimento prestado à criança pequena, a educação só ganhou notoriedade quando esta passou a ser valorizada pela sociedade, se não houvesse uma mudança de postura em relação à visão que se tinha de criança, a Educação Infantil não teria mudado a sua forma de conduzir o trabalho docente, e não teria surgido um novo perfil de educador para essa etapa de ensino. Não seria cobrado dele especificidade no seu campo de atuação, e a criança permaneceria com um atendimento voltado apenas para questões físicas, tendo suas outras dimensões, como a cognitiva, a emocional e a social despercebidas.
Hoje, a criança é vista como um sujeito de direitos, situado historicamente e que precisa ter as suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas, emocionais e sociais supridas. Ela deve ter todas as suas dimensões respeitadas.


BIBLIOGRAFIA
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Voltando alguns anos atrás, eu estava fazendo o curso de Pedagogia, mas não atuava na área. Trabalhava numa confecção e não tinha a menor idéia do que

Voltando alguns anos atrás, eu estava fazendo o curso de Pedagogia, mas não atuava na área. Trabalhava numa confecção e não tinha a menor idéia do que escrever, pois não tinha experiência. E porque fiz Pedagogia? Fiz, pois sabia que no fundo era o que eu realmente queria. Pensei em prestar Veterinária ou Direito, mas não me via trabalhando num escritório. Um dia fui convidada para trabalhar em uma creche. Comecei finalmente a trabalhar na área em que me formei. Iniciei como merendeira, depois, recreadora,, hoje2010 estou em uma sala de aula atendendo a turma do maternal. Peguei um amor tão grande pelos alunos e vi que eu acertei o curso que escolhi como carreira.
Uma coisa eu falo para quem quer seguir essa profissão. Não adianta gostar, tem que amar. Pois consome você tanto fisicamente, como psicologicamente. Mas é um desgaste que, pelo menos pra mim, tem muitas recompensas. Hoje ,estou sempre disposta e tenho um brilho no olhar. Renunciei o salário que eu tinha pra trabalhar nessa área. Mas pensei comigo mesma, se eu não começar, do que adiantaria ter feito o curso de Pedagogia? Só para ter diploma? Sei que teria que começar de baixo. Posso dizer que não me arrependo. Hoje sou professora do maternal. Não faz muito tempo que estou nessa área, mas a cada dia que passa encanto me mais e mais por essa profissão. E a melhor coisa que tem, é os alunos te darem tanto carinho e aquela admiração por sua pessoa.
Hoje 2011 busco meu reconhecimento através de cursos de especialização em educação infantil pela UFG , faço uma pós em Gestão Escolar e Coordenação Pedagogica pela FGF-POSEAD